sábado, 31 de maio de 2014

Minas Gerais lança guias orientados a torcedores para a Copa do Mundo

O Governo de Minas e a Prefeitura de Belo Horizonte lançaram oficialmente, na manhã deste sábado (31/05), materiais de fundamental importância para os turistas e torcedores que virão a Belo Horizonte acompanhar a Copa do Mundo: o Guia do Torcedor e o Guia de Segurança e Saúde.
O evento, realizado no Museu Histórico Abílio Barreto, contou com a presença do secretário de Estado de Turismo e Esportes, Tiago Lacerda, do secretário Municipal Extraordinário para a Copa do Mundo, Camilo Fraga, e do subsecretário de Promoção da Qualidade e Integração do Sistema de Defesa Social da Secretaria de Estado de Defesa Social, Daniel Malard.
Faltando 12 dias para o início do Mundial, a expectativa é grande e, segundo o secretário Tiago Lacerda, Minas está preparada para receber os visitantes. “Elaboramos os guias para serem usados como uma importante ferramenta de informação para os turistas e torcedores que vêm acompanhar a Copa do Mundo em nosso Estado. Estamos focados e prontos para receber a todos da melhor maneira e oferecer as melhores condições para que possam usufruir do melhor que há em Minas”, contou.
Já o secretário Camilo Fraga destacou o volume de informações oferecido sobre a cidade-sede em diversos meios. “Os guias serão entregues aos torcedores nos mais diversos lugares, apresentando, de forma bem completa, tudo o que é necessário para uma boa estada em nossa cidade durante a competição. Os que não tiverem os guias têm a opção de ir ao site oficial Belo 2014 e acessar as mesmas informações contidas no material gráfico”, ressaltou.
Quando o assunto é segurança, o guia será também um facilitador para identificar a qual força recorrer em cada situação. “Temos fotos que identificam a farda e a viatura de cada um dos segmentos de segurança de Minas Gerais e de Belo Horizonte e informações que explicam a atuação de cada entidade no apoio à Copa do Mundo”, ressaltou o subsecretário Daniel Malard.
Guias. O Guia do Torcedor traz informações diversas sobre Minas Gerais e a cidade-sede do Mundial, Belo Horizonte. Informações como patrimônio, gastronomia, o estádio, centros de treinamentos e locais de alimentação e hospedagem estão presentes no material.  Endereços de meios de hospedagem, restaurantes, compras e outros pontos de lazer também podem ser consultados no material.
Já o Guia de Segurança e Saúde apresenta a identificação das forças de segurança e socorro do Estado, telefones úteis, endereços de delegacias, dicas de segurança e saúde para os turistas.
Os dois manuais serão distribuídos com versões de inglês e espanhol, bem como o Guia do Viajante Saudável, produzido pela Secretaria de Estado de Saúde, que também estará à disposição dos torcedores durante a Copa.
O material será entregue aos turistas em restaurantes, hotéis, rodoviária, aeroporto e demais lugares que tenham demanda de visitantes.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Mais de 180 jovens recebem certificados de proficiência em inglês e espanhol do Plug Minas

Plug Minas entregou certificados de proficiência em inglês e espanhol a mais de 180 alunos, nesta terça-feira (27/05). Eles são formandos do primeiro curso realizado pelo Plug Minas, por meio do Laboratório de Culturas do Mundo, núcleo criado por iniciativa da Coordenadoria Especial da Copa do Mundo e do Sebrae-MG, com o intuito de atender à demanda por pessoas que falem mais de uma língua, tendo em vista a Copa do Mundo que começa no dia 12 de junho.
As aulas, ministradas a partir de parcerias com as escolas de idiomas Cultura Inglesa e Associação Hispano Brasileira Instituto Cervantes, foram realizadas durante dois anos e meio. Nesse período, os alunos, com idade entre 14 e 24 anos, além de aulas teóricas, também participaram de atividades extracurriculares relacionadas aos países falantes do idioma estudado, maximizando as possibilidades de uso real da língua estrangeira.
A possibilidade de participar de um curso de idiomas abriu portas para os jovens antes mesmo da formatura. Na Copa das Confederações, em 2013, o aluno Luiz Guzo, de 20 anos, foi contratado por uma empresa alemã para atuar na área de logística no Mineirão. A função exercida, no entanto, foi alterada devido ao idioma. “Como tínhamos chefes alemães e os demais funcionários não falavam inglês, eu acabava atuando como um tradutor, um intermediário entre os supervisores e os trabalhadores”, contou. O desempenho do jovem agradou tanto que novamente ele foi contratado pela empresa, desta vez para estar na Copa do Mundo. Na próxima semana, Guzo viaja para Porto Alegre e trabalhará no estádio Beira Rio. “Quando comecei o curso, não imaginava que fosse participar de eventos grandiosos como esses. A oportunidade surgiu, me apeguei a ela e pretendo fazer novamente um bom trabalho”, garante.
Formanda do curso de espanhol, Ana Carolina Costa, de 20 anos, mostrou toda a sua satisfação com a iniciativa. “Não tenho nem palavras para descrever a minha alegria por ter participado dessa capacitação. E não falo só por mim. Todos os meus colegas também estão muito felizes pela oportunidade que foi dada de aprendermos outra língua”, afirma. Na fase de aprendizado, ela considera importante o contato que tiveram com nativos de países cujo espanhol é o principal idioma. “No ano passado, no amistoso entre Brasil e Chile, no Mineirão, pudemos conversar com torcedores chilenos, ajudá-los no acesso ao estádio, o que foi fundamental para nossa motivação no curso”, disse.
Graças ao Plug Minas, Ana agora é professora de espanhol. Há duas semanas, ela ministra aulas em uma escola de acompanhamento escolar e pensa em ir mais longe. “Vou me preparar agora para prestar vestibular para Letras, me aprimorar ainda mais no espanhol e poder ensinar esse idioma que é tão importante hoje em dia”, contou empolgada.
Desempenho e legado
Isabela Beraldo, coordenadora do Núcleo Laboratório de Culturas do Mundo, avaliou como positivo o desempenho da primeira turma dos cursos de idiomas do Plug Minas. “Tivemos um curso bastante proveitoso e os alunos ficaram bastante satisfeitos. Já temos jovens inseridos no mercado de trabalho e alguns que atuarão na Copa do Mundo devido à proficiência obtida na capacitação oferecida, o que nos deixa muito felizes. Isso mostra que chegamos ao objetivo esperado”, destacou.
Para o secretário de Estado de Turismo e Esportes, Tiago Lacerda, a capacitação de jovens é uma das heranças que a Copa do Mundo deixará. “Muito se fala em legado, no que o Mundial vai deixar de bom para o Brasil. O ensino oferecido a esses jovens é um desses benefícios. Daqui eles saem falando um segundo idioma, aptos a atuarem no mercado de trabalho e terem um diferencial a seu favor”, comentou.
Plug Minas
O Plug Minas é um projeto do Governo de Minas voltado para jovens de 14 a 24 anos, estudantes da rede pública de ensino. Organizado em núcleos, o projeto oferece atividades de formação, produção e experimentação em diversas áreas, pautadas pela cultura digital e pelas artes. Arrojado e inovador, o Plug Minas promove o uso diferenciado e a apropriação da tecnologia, das artes e do empreendedorismo com o objetivo de atender a duas das principais demandas dos jovens na atualidade: a formação de qualidade e o acesso ao mercado de trabalho.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Equipe do Triângulo Mineiro disputa o Campeonato Brasileiro de Handebol

Contemplada pelo Minas Olímpica Oficina de Esportes, a equipe de handebol masculino de Santa Vitória, no Triângulo Mineiro, disputa, nesta semana, o Campeonato Brasileiro da categoria cadete. O torneio acontece entre os dias 27 e 31 em São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas.
O time assegurou vaga na competição nacional após ter sido o campeão da fase regional, realizada no próprio município de Santa Vitória no início de maio. A etapa contou com a participação da Abesc, de Belo Horizonte, que ficou em segundo lugar, e do Montes Claros, que foi o terceiro.
É a terceira vez que o time do Triângulo participa do campeonato nacional. Em 2010, a equipe obteve a sétima colocação. Em 2012, a quinta. De acordo com o técnico Teles Batista, a preparação para o torneio tem sido forte. “Treinamos cinco vezes por semana, duas horas de treino específico, e três vezes por semana na academia”, conta.
E expectativa é de superar os resultados das edições anteriores. Neste ano, Santa Vitória conta com oito atletas campeões estaduais dos Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg) em 2013. “Chegamos ao Brasileiro na expectativa de nos classificarmos entre os quatro primeiros. Na minha opinião, São Paulo e Mato Grosso são favoritos, mas estamos muito bem preparados para encarar mais essa disputa”, afirma o técnico.
A categoria cadete abrange atletas com idade entre 14 e 16 anos. Participam do Campeonato Brasileiro, além da equipe de Santa Vitória, o Colégio Eduardo Gomes (SP), ACHB/FME/Caçador (SC) e ASHB/Sorriso (MT).

Delegação do Instituto Nacional dos Esportes da França visita centros esportivos em BH

O Centro de Treinamento Esportivo da Universidade Federal de Minas Gerais (CTE/UFMG) recebeu, nesta terça-feira (27/05), a visita de uma comitiva do Institute National du Sport e l’Expertise et de la Performance (Insep), da França. Recepcionaram a delegação francesa o secretário de Estado Adjunto de Turismo e Esportes (Setes), Rogério Romero, e o diretor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, professor Sérgio Teixeira da Fonseca.
Para o diretor Adjunto da Unidade de Relações Internacionais do Insep, Morgan Jacquemin, a visita é o primeiro passo para o estabelecimento de uma parceria. “Queremos manter um contato constante com o CTE e a Setes para viabilizarmos o intercâmbio entre as instituições, buscando potencializar o esporte de alto nível em suas diferentes áreas formação, investigação científica, investigação médica, gestão dos centros de desempenho do esporte de alto nível, a educação acadêmica, entre outras coisas”, afirmou. Para Jacquemin, Minas tem no CTE uma grande ferramenta. “Estivemos aqui em agosto de 2013 e, se voltamos, é porque temos consciência da excelente estrutura que o esporte mineiro tem à disposição”, afirmou.
 O intermédio da Setes possibilitou a visita da comitiva francesa a Minas Gerais. “A Setes participa como incentivadora do intercâmbio através do CTE da UFMG e colaboradora da efetivação dessa parceria que visa à promoção da intersetorialidade das ações voltadas para a promoção do esporte no Estado”, comentou o secretário Rogério Romero.
Nesta quarta-feira (28/05), a comitiva francesa visita o Centro Esportivo da PUC Minas e o Pampulha Iate Clube, também com o objetivo de conhecer os demais equipamentos esportivos de Belo Horizonte.
O Instituto Nacional do Esporte e Aprimoramento da Performance da França foi criado em 2009 pelo governo francês. Ele é uma entidade esportiva de alto rendimento, credenciado a centros olímpicos franceses e ligado às escolas públicas. Em suas instalações são praticados atletismo, badminton, basquete, boxe, canoagem, ciclismo em pista, esgrima, esportes de inverno, ginástica, hockey, judô, levantamento de peso, luta olímpica, natação, nado sincronizado, pentatlo moderno, remo, salto ornamental, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro esportivo e tiro com arco.
O principal objetivo é treinar e preparar os atletas em conjunto com as federações locais e em conformidade com o projeto da busca da excelência desportiva, uma receita de sucesso que já rendeu muitos frutos. Graças a sua mega estrutura, o Insep é considerado um dos maiores e melhores centros olímpicos da Europa.
Ele é a casa da grande maioria dos esportes olímpicos da França e conta com um excelente hotel, um hospital completo que realiza cirurgias ortopédicas, um centro de imagem com ressonância magnética, laboratórios de biomecânica completos, um centro de reabilitação padrão ouro, escola fundamental com formação em esportes e uma Universidade com mestrado e doutorado.

domingo, 25 de maio de 2014

Time mineiro de futebol tem raízes inglesas

A relação entre ingleses e mineiros no futebol vai além do histórico calendário da Copa do Mundo de 1950. A exploração mineradora pelos ingleses da região de Nova Lima, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, possibilitou o surgimento de um time de futebol, o Villa Nova Atlético Clube, formado por trabalhadores das minas.
Sessenta e quatro anos depois, a Seleção da Inglaterra entrará em campo, no Mineirão, para o confronto com a Costa Rica pela Copa do Mundo, no dia 24 de junho. Os britânicos retornam à cidade onde realizaram um dos jogos mais comentados da história do referido Mundial. O time inglês foi derrotado pelos Estados Unidos por 1 a 0, resultado considerado talvez a maior zebra da Copa do Mundo, no estádio Independência.
A herança dos ingleses em campo teve seu marco em 28 de junho de 1908, quando um grupo de operários da Saint John Del Rey Mining Company Limited fundou o Villa, o segundo clube mais antigo do Estado em atividade, superado pelo Atlético, fundado em 25 de março do mesmo ano. Na ocasião, Nova Lima ainda se chamava Villa Nova de Lima. Daí a origem do nome do time. Para simbolizar o clube, nascido sob o signo anglo-saxão, foram escolhidas as cores vermelha e branca, as mesmas que compõem a bandeira da Inglaterra. Como mascote, o Leão, símbolo da monarquia britânica.
A Saint John Del Rey Mining Company Limited era responsável pelo emprego dos atletas do Villa em sua mina. A empresa mantinha uma norma que foi fundamental para a estruturação do clube: todo funcionário da empresa contribuía de modo compulsório para a agremiação alvirrubra e tornava-se sócio. Isso gerava uma fonte segura de receita mensal e garantia a manutenção de um time forte e competitivo. Em contrapartida, os contribuintes podiam entrar gratuitamente no Estádio Castor Cifuentes, hábito que era comum também entre outros clubes na época.
O jornalista Wagner Augusto Álvares de Freitas é torcedor e historiador do Villa Nova. Ele é autor de dois livros sobre o Leão do Bonfim: “Villa Nova: 100 anos de Glória em Vermelho e Branco” (2008) e “Almanaque do Leão do Bonfim” (2011).
Ele conta que a influência inglesa nos anos iniciais do time era bastante forte. “Não se tratava apenas de um estímulo corporativo com vistas a proporcionar uma boa opção de lazer aos trabalhadores da mineração, para que se mantivessem motivados no ambiente insalubre das lavras. A Saint John Del Rey Mining Company Limited passou a administrar o clube alguns anos após a fundação, como se o mesmo fosse um apêndice da empresa”, comenta. “Essa dedicação ao Villa Nova fez com que a agremiação fosse a pioneira em Minas Gerais na adoção do profissionalismo. No entanto, a partir da década de 1920, os ingleses foram se afastando dos cargos diretivos, que passaram a ser monopólio dos brasileiros. Atualmente, não há nenhum sócio inglês nos quadros da agremiação” afirma Freitas.
Apesar da ausência de representantes da Inglaterra no clube nos dias de hoje, os britânicos deixaram seu legado para o Villa. “Uma das heranças deixadas pelos ingleses é o terreno no bairro Bonfim, onde hoje está construído o Estádio Municipal Castor Cifuentes, que pertencia à mineradora na época da fundação do clube”.
Na Copa de 1950, a Seleção da Inglaterra hospedou-se em Nova Lima. No entanto, não há registros de nenhum confronto entre villa-novenses e ingleses na preparação para o evento. Na oportunidade, o presidente da Fifa na época, o francês Jules Rimet, foi recepcionado pelo dirigente do clube, Natalício Carsalade, que era fluente em francês. Em 2008, o Villa Nova homenageou Roger Arthur Gough, cônsul britânico honorário em Belo Horizonte na época.
O jornalista Ivan Drummond também é conhecedor da história do Leão. Sobrinho-neto de Sérgio, zagueiro tetracampeão mineiro pelo time de Nova Lima em 1932/33/34/35, ele herdou do pai o cargo de conselheiro do clube. Drummond chegou a jogar nas categorias de base do Leão. “Joguei até o juvenil e fui emprestado ao Atlético para disputar a Taça São Paulo, na década de 70”, conta.
Entre os principais fatos da história alvirrubra, o jornalista destaca o título do Campeonato Mineiro de 1951, quando o Villa Nova bateu o Atlético dentro do Independência, com gol de Vaduca. “Tivemos também o título do 1º Campeonato Brasileiro da segunda divisão, em 1971, que deu ao Leão a vaga na divisão principal do ano seguinte”, relembra.
Ele cita ainda grandes craques que vestiram a camisa do Villa. “Alguns deles chegaram à Seleção Brasileira. Perácio e Zezé Procópio fizeram parte das conquistas estaduais de 1932 a 1935, representaram o Brasil na Copa do Mundo de 1938”. Escurinho, que atuou na década de 50, e o zagueiro Luisinho, revelado pelo time villa-novense no final da década de 70, também tiveram passagens pelo escrete canarinho.
Para o futuro, Ivan Drummond tem expectativas otimistas. “O clube está passando por uma reformulação em suas categorias de base, o que irá facilitar o surgimento de bons jogadores e a formação de times com potencial para voltar a conquistar títulos para o clube”, conclui.
A mesma opinião tem o estudante Lucas Quintiliano, 21 anos, torcedor do Leão. “Espero que o Villa passe por mudanças e volte a aparecer bem no Campeonato Mineiro. Com uma boa administração e uma equipe competitiva, o apoio da torcida, que é a marca do time, será incondicional. Quando o Villa vai bem, a cidade toda se empolga e fica em festa”.
Mesmo jovem, frente à história centenária do Clube, Quintiliano sente falta da herança inglesa no futebol do time alvirrubro. “O futebol inglês é sinônimo de muita tradição e técnica. Gostaria que estas características fossem mais presentes no futebol do Villa”, reclama sobre o time, sexto colocado no estadual deste ano.
Lucas tornou-se villa-novense ainda pequeno. “Sempre morei em Nova Lima e, como quase todo morador da cidade, o Villa e seus jogos eram tradição. Meus pais me levavam aos jogos desde criança e, na adolescência, fiz parte de uma das torcidas organizadas”, conta.
O estudante defende que o zagueiro Luisinho é o melhor jogador da história do Leão do Bonfim, apesar de não tê-lo visto jogar. “Dentre os jogadores que vi em campo com a camisa do Leão, destaco o Márcio Guerreiro, que para mim foi o melhor, o Tucho e o Tchô também”, acrescenta.

Lazer. A moda mais recente na vida noturna e na gastronomia da capital é a dos pubs - os bares fechados, perfeitos para fugir do frio, e tão típicos nas Ilhas Britânicas. Desde 2010, pelo menos nove casas do gênero foram abertas na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Apaixonado por futebol, o londrino Anthony, torcedor do Queens Park Rangers e do Atlético, destaca a semelhança dos pubs, mas prefere enaltecer os botecos mineiros. “Tem boteco perto da minha casa (região da Pampulha) que é muito pequeno, mas lá vão coronéis, arquitetos, empresários, professores, enfim, todo tipo de pessoa. O bar nivela todo mundo, ninguém é melhor que ninguém e isso é muito legal", comentou. Para o britânico, a Serra do Cipó, destino turístico de Minas Gerais, também lembra a Inglaterra. "A região me lembra a parte lesta do meu país de origem, porém aqui é tudo muito maior. No ano passado viajei para Inglaterra e visitei a maior cachoeira de lá, que tem apenas 30 metros”, finalizou.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Acadêmicas do Ministério da Saúde visitam academia do projeto Geração Saúde

O Projeto Geração Saúde já está em mais de 110 municípios do Estado e vem ganhando adeptos a cada dia. A partir dessa ação do Governo de Minas, realizada por meio da parceria entre as Secretarias de Estado de Turismo e Esportes (Setes) e Saúde (SES), quase 5.000 adolescentes com idades entre 12 e 19 anos têm as condições de saúde melhoradas através da prática de atividades físicas orientadas.
Na quinta-feira (22), o projeto recebeu a visita de representantes do Laboratório de Inovação em Boas Práticas na Saúde de Adolescentes e Jovens, do Ministério da Saúde. Duas professoras de cursos de medicina, uma da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e outra da Universidade de São Paulo (USP), estiveram na academia credenciada Cor e Esporte, no município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. No local, as técnicas puderam conversar com alguns dos 55 adolescentes atendidos pelo estabelecimento através do Geração Saúde e conhecer histórias de sucesso daqueles que obtiveram inúmeras melhorias na qualidade de vida a partir da prática de atividades físicas.
Luís Fernando, de 17 anos, é um dos exemplos da efetividade da ação. Em dois meses no Geração Saúde, ele já perdeu sete quilos. O objetivo, no entanto, é perder mais oito. “Cheguei à academia com sobrepeso e tinha como meta perder 15 quilos. Quase metade desse total eu já consegui. Vou me empenhar agora para chegar ao objetivo em breve”, contou empolgado. Além da musculação, a reeducação alimentar teve papel fundamental para a perda de peso do jovem. “É difícil abrir mão de comer coisas gostosas, como doces, refrigerantes. Mas como sei que é para o meu bem, passei a comer saladas e frutas. Não adianta malhar e não cuidar da alimentação”, afirmou.
Há mais tempo no Geração Saúde, Lorraine Parreiras, 16 anos, já se viu livre de seis quilos nos últimos sete meses. Segundo ela, o sobrepeso foi embora, dando lugar à autoestima. “Com os exercícios, além de me sentir mais disposta, me senti mais bonita, mais segura com meu corpo”, comemora.
Para Flávio Augusto, de 14 anos, o Geração Saúde é uma forma de conhecer pessoas e compartilhar experiências. “Estamos todos aqui em busca de um mesmo objetivo e isso faz com que a gente se mantenha firme tanto nos exercícios quanto na reeducação alimentar. O contato com os outros jovens ajuda e quando pensamos em desistir encontramos apoio no colega para continuar”, comentou. Histórias como as de Luis Fernando, Lorraine e Flávio causaram ótima impressão nas representantes do Laboratório de Inovação.
“Trabalhamos há alguns anos com a atenção à saúde de jovens e adolescentes. Quando lançamos o edital para a inscrição dos projetos, nosso objetivo era encontrar atividades que pudessem servir de exemplo ou mesmo ser replicadas por outros estados com esse objetivo”, comentou a professora Maria Helena Ruzany. “O Geração Saúde é o primeiro a ser visitado e o único dos 18 escolhidos que tem o esporte como mote, o que nos deixa bastante feliz. É fato que o jovem envolvido com a prática de exercícios físicos tem consciência de como preservar sua saúde e se afasta do que pode prejudica-lo”, ressaltou.
Para a professora Maria Ignez Saito, Minas Gerais é um exemplo a ser seguido pelos demais estados. “O Geração Saúde é um projeto maravilhoso. A ideia é de que ele seja uma experiência que possa ser repetida. Vemos que, enquanto os jovens estão aqui, eles não estão envolvidos com drogas e bebidas, e não vão partir para esse tipo de coisa, porque encontraram algo muito mais saudável, mais benéfico, para fazer. Ficamos muito sensibilizadas ao ver os órgãos públicos se mobilizando para oferecer qualidade de vida para nossa juventude”, finalizou.
O Geração Saúde é um dos 18 pontos de inovação selecionados para serem conhecidos in loco pelo Laboratório. A escolha foi feita através de edital publicado pelo Ministério da Saúde. Ao todo, foram inscritas 90 ações desenvolvidas por profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais, ambulatórios, postos de saúde e também por entidades vinculadas. Inicialmente, 32 projetos foram escolhidos. Em março, foi realizada em Brasília uma oficina de trabalho onde as iniciativas desenvolvidas no SUS foram apresentadas. As 18 melhores foram escolhidas para serem visitadas. Após as visitas, as cinco melhores iniciativas serão relatadas por meio de artigos a serem publicados pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A iniciativa é resultado da cooperação técnica entre a Opas Brasil e Ministério da Saúde.

Laboratórios de Inovação
Os Laboratórios de Inovação são espaços de produção de evidências de boa gestão, a partir de práticas inovadoras desenvolvidas com o tema Redes de Atenção à Saúde, coordenadas pela Atenção Primária à Saúde, focando nos processos inovadores que induzem a melhores resultados em saúde.
Eles buscam trazer afirmações e recomendações baseadas em evidências, produzidas por meio de estudos de casos realizados por especialistas que, durante um período de aproximadamente um ano, se dedicam a aprofundar determinados temas que são alvo dos laboratórios. Na prática, os laboratórios buscam valorizar experiências significativas em saúde, resgatando e analisando os processos, as práticas, as ferramentas e os instrumentos desenvolvidos localmente e que vêm apresentando resultados positivos na saúde da população.

Geração Saúde 
O Geração Saúde está em funcionamento desde abril de 2013 e já obteve a adesão de 111 cidades mineiras, beneficiando 4.705 jovens de 12 a 19 anos com sobrepeso. A previsão é de que até 2015 sejam investidos no programa R$ 10 milhões e que 14 mil adolescentes possam ser atendidos. Atualmente, 114 academias já se juntaram à ação.
O programa consiste na promoção da prática de atividades físicas orientadas por profissionais de Educação Física em academias de ginástica contratadas pelo Governo de Minas. Para desenvolver o Geração Saúde os municípios devem ser atendidos por Equipes de Saúde da Família (ESF) que disponham de nutricionista e psicólogo para complementar o atendimento.
O Projeto Estratégico Geração Saúde é uma atividade que oportuniza também a convivência solidária entre as comunidades beneficiadas e busca estimular mudança de hábitos, promovendo a melhoria da qualidade de vida por meio de um estilo de vida mais saudável.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Atleta mineira vai integrar seleção brasileira de atletismo nos Jogos Olímpicos da Juventude

Uma atleta mineira foi classificada para integrar a seleção brasileira de atletismo durante os Jogos Olímpicos da Juventude em seletiva sul-americana realizada nesse final de semana em Cali, na Colômbia. A competição internacional será realizada em agosto deste ano em Nanjing, na China. Alexandra Maria Pimenta treina no Clã Delfos, entidade esportiva contemplada pelo Minas Olímpica Oficina de Esportes.
Aos 16 anos, a atual campeã dos Jogos Escolares da Juventude, Alexandra Maria Pimenta, conquistou medalha de ouro no lançamento de dardo, alcançando a marca de 51,45 metros, recorde brasileiro na modalidade. Com o resultado, a atleta de Lagoa da Prata carimbou o passaporte para representar o Brasil na China.
Bastante feliz com o resultado, Alexandra disse ainda não acreditar que se classificou para os Jogos Olímpicos da Juventude. “Obtive o índice no meu último lançamento, o que surpreendeu a todos. Estou muito feliz. A ficha ainda não caiu”, comentou. A partir de agora, os treinamentos serão intensificados. “Treino de segunda a sábado, quatro horas por dia”, conta a atleta. Na expectativa de subir novamente ao lugar mais alto do pódio, a mineira diz se espelhar em grandes exemplos do esporte. “Meu ídolo é Jan Jelezny, campeão mundial, olímpico e recordista no lançamento de dardo. Eu me inspiro no sucesso dele para conquistar as vitórias e representar o Brasil e Minas Gerais da melhor maneira nas competições”, diz.
Oficina de Esportes
O Minas Olímpica Oficina de Esportes promove o esporte especializado, nas categorias de base, com foco no rendimento por meio de parcerias com clubes, entidades esportivas, universidades e prefeituras municipais que possuem equipes de modalidades olímpicas, paralímpicas ou reconhecidas pelo COB e que apresentam bons resultados alcançados em competições estaduais, nacionais e internacionais. Por meio de suas ações, o programa gera condições de infraestrutura, equipamentos, materiais, custeio de viagens e de recursos humanos. O monitoramento das atividades é por meio de relatórios mensais enviados por cada parceiro via sistema online e de visitas periódicas em cada núcleo.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Mais 20 projetos são aprovados pelo Minas Olímpica Incentivo ao Esporte

O Comitê Deliberativo do Minas Olímpica Incentivo ao Esporte (Moie) reuniu-se, na quarta-feira (14) para avaliar 33 dos 256 projetos inscritos pelo edital de seleção de Projetos Esportivos nº 02/2013. A seleção contemplou 20 propostas que possuem como características essenciais a promoção e o fomento do esporte e da prática de atividade física em Minas Gerais, e que são de acesso gratuito ao público, isentos de taxa de inscrição ou qualquer outra forma de contribuição.
Os projetos aprovados estão distribuídos pelas regiões do Vale do Rio Doce, Zona da Mata, Alto Paranaíba, Centro, Triângulo, Centro Oeste e Sul do Estado e abrangem modalidades como a natação, judô, taekwondo, xadrez, rúgbi, vôlei, futebol, voo livre, boxe, luta olímpica e automobilismo.
Até o momento, as quatro reuniões do Comitê Deliberativo do Moie foram responsáveis pela aprovação de 28 projetos, sendo a última, a que aprovou maior volume.
Para o secretário de Estado Adjunto de Turismo e Esportes, Rogério Romero, a previsão é de que a quantidade de projetos aprovados continue aumentando. “Se analisarmos que na primeira reunião para análise dos projetos tivemos quatro aprovados e, agora, 20, vemos que o interesse de todo o estado em executar projetos através de incentivos fiscais vem crescendo consideravelmente, o que reflete na qualidade das propostas apresentadas e, consequentemente, na aprovação dos projetos mais viáveis”, comentou.
De posse da Certidão de Aprovação (CA), as entidades que tiveram projetos aprovados passam então à captação de recursos que deverá ser realizada em até um ano, podendo o prazo ser prorrogado por igual período mediante solicitação. Participaram do pleito prefeituras municipais, órgãos da administração pública indireta e instituições sem fins lucrativos com mais de um ano de existência legal, estabelecidas em Minas Gerais.

Análise dos projetos
Os projetos protocolados no edital 02/2013 do Minas Olímpica Incentivo ao Esporte são analisados inicialmente pela Equipe Técnica, para posterior deliberação pelo Comitê. O critério para definição da ordem de análise é a data de protocolo de cada projeto esportivo, salvo os que apresentarem carta de intenção, conforme previsto no próprio Edital, em seu item 8.1.1.2: “serão priorizados na análise os projetos que apresentarem carta de intenção de incentivo emitida por Apoiador que não possua crédito tributário inscrito em dívida”. Diante disto, os projetos esportivos sem carta de intenção protocolados no último dia de vigência do edital 02/2013 (28 de março de 2014) aguardam na fila para início da análise. Cabe ao Executor acompanhar o status do projeto no processo de análise pelo Sistema de Informação Minas Olímpica Incentivo ao Esporte.

Minas Olímpica Incentivo ao Esporte
O Minas Olímpica Incentivo ao Esporte é um programa de fomento ao esporte em Minas Gerais que tem como objetivo fortalecer o desporto e o paradesporto no Estado, por meio do esforço conjunto entre o Governo de Minas, apoiadores e executores de projetos esportivos.
O programa foi instituído pela Lei Estadual nº 20.824, de 31 de julho de 2013 e pelo Decreto Estadual nº 46.308, de 13 de setembro de 2013, que preveem que até 0,05% do ICMS destinado ao Estado sejam direcionados a apoiar atividades esportivas ou paradesportivas das áreas de desporto escolar, de lazer, de formação, de rendimento, desenvolvimento científico e tecnológico e desporto social.
Por meio deste mecanismo é possível que o apoio financeiro, feito por empresas, a projetos esportivos aprovados pela Secretaria de Estado de Turismo e Esportes (SETES), sejam deduzidos do saldo devedor mensal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS Corrente), alocando o recurso em forma de esportes para a população.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail incentivo@esportes.mg.gov.br.

sábado, 17 de maio de 2014

Hemominas pretende aumentar em 20% seu estoque de sangue durante a Copa do Mundo

Com o objetivo de garantir a suficiência do estoque de hemocomponentes no Estado de Minas Gerais durante a Copa do Mundo de 2014, a Fundação Hemominas dará início ao Plano Relógio – estratégia que visa à ampliação da coleta voluntária de sangue em todo o Estado no período de 19 de maio a 08 de agosto. O objetivo é aumentar em 20% o estoque estratégico da Fundação Hemominas e garantir um fluxo maior em Belo Horizonte, com o envio para capital de material coletado em todas as regiões do Estado.
A média, nos hospitais de Belo Horizonte e região, é de um consumo de 6.000 bolsas de sangue por mês. O aumento previsto de 20% vai garantir 1.200 bolsas a mais, para reforçar especialmente o estoque do Hemocentro de Belo Horizonte, devido à intensificação da presença de turistas na capital antes dos jogos, durante o torneio e após o término da competição. “O grande número de turistas na capital e nas cidades próximas e o incremento no trânsito local e nas estradas mineiras podem aumentar as chances de acidentes automobilísticos e outros sinistros. Como muitos dos doadores estarão envolvidos em assistir aos jogos, poderá haver redução do número de doações (no período da Copa). É isso que pretendemos evitar. Nesse período poderemos contar, também, com a doação de sangue voluntária do turista estrangeiro”, afirmou o diretor Técnico Científico da Hemominas, Fernando Basque, durante apresentação do Plano Relógio, nesta quarta-feira (07/05).
A estratégia do Plano organiza as unidades da Fundação Hemominas em grupos com metas estabelecidas por períodos para o envio de bolsas ao Hemocentro de Belo Horizonte. No abastecimento contínuo, como num relógio, cada grupo assume o compromisso do envio das bolsas de sangue ao HBH nos períodos determinados. O desenvolvimento dessa estratégia será monitorado e acompanhado pelo Gabinete de Crise da Diretoria Técnico-Científica da Fundação Hemominas, dentro do Plano de Contingências do Estado de Minas Gerais, que identifica o risco de aumento da demanda de hemocomponentes durante a Copa do Mundo de 2014.
“Essa estratégia foi testada, com sucesso, durante a Copa das Confederações, no ano passado. As coletas de sangue intensificadas regionalmente, e por período determinado, permitem que toda a população doadora voluntária participe, sem esgotar a capacidade de oferta de hemocomponentes por doações de cidadãos de um só município. Esse ciclo é necessário visto que o sangue é perecível. Plaquetas são válidas para transfusão até cinco dias após a coleta do sangue, e as hemácias (parte vermelha do sangue) tem validade de até 42 dias após a coleta. Por isso, as doações devem ser feitas continuamente para composição dos estoques disponíveis”, explicou Fernando Basques. A apresentação contou, ainda, com a presença do vice-presidente da Fundação Hemominas, Marcus Las Casas.
A estratégia da Hemominas está alinhada com a Coordenadoria Especial da Copa do Mundo daSecretaria de Estado de Turismo e Esportes, que atua em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. “Na área da saúde, estamos atuando juntos na promoção de cursos e simpósios que envolvem todos os serviços ligados à assistência e proteção da população. O objetivo é unificar a linguagem dessas áreas, tais como hospitais públicos de urgência e emergência, SAMU, Corpo de Bombeiros e seus serviços de resgate, Defesa Civil e Polícia Militar. O Plano Relógio também faz parte das ações e vai contribuir para abastecer os hospitais com os hemocomponentes, quando necessário”, afirmou o coronel Wilson Chagas Cardoso, da Coordenadoria Especial da Copa da Secretaria de Estado de Turismo e Esportes.
Doação de sangue
A doação de sangue é voluntária mas, para ser efetivada, depende da manutenção da saúde do doador: homens podem doar até quatro vezes ao ano, com intervalos de 60 dias; mulheres podem doar até três vezes ao ano, com intervalo de 90 dias entre as doações. Pessoas com mais de 60 anos, somente poderão doar caso já tenham realizado uma doação antes dos 60 anos, independente do sexo, e devem respeitar o intervalo mínimo de seis meses entre as doações. Outras condições que também poderão impedir a doação serão avaliadas na triagem antes da doação. Mas não vale desistir. Quem não pode doar, de imediato, pode voltar em outra oportunidade. A Hemominas conta com a solidariedade de todos.

Paratletas mineiros conquistam medalhas em torneio internacional de bocha no Canadá

Os mineiros José Carlos Chagas de Oliveira, Antônio Nunes da Silva Neto e Ercileide Laurinda da Silva, da Associação dos Deficientes Físicos de Uberlândia (Adefu), e Daniele Martins, da Associação dos Paraplégicos de Uberlândia (Aparu), conquistaram bons resultados na disputa da Défi Sportif AlterGo 2014, competição internacional de bocha realizada entre os dias 1º e 4 de maio, em Montreal, no Canadá. Os paratletas do Minas Olímpica Oficina de Esportes de Uberlândia estiveram com a seleção no torneio, disputado por mais de 75 atletas de 14 países diferentes, realizado nas categorias individual, equipe e pares.
Na classe BC4, para atletas com disfunção nos quatro membros de origem não cerebral, Ericleide Laurinda foi medalha de ouro como suplente da dupla formada pelos medalhistas olímpicos Dirceu Pinto e Eliseu Santos, que venceu a Eslováquia. José Carlos Chagas e Antônio Nunes, com Daniela Falotico e Lucas Ferreira, sagraram-se campeões por equipes na classe BC1/BC2, disputada por atletas com pouca força funcional nos quatro membros e tronco. Os brasileiros derrotaram os holandeses por 8 x 3 na final para subir ao pódio.
Na disputa por pares da classe BC3, para esportistas com maior grau de deficiência, que precisam do auxílio de calheiros para lançar as bolas, o Brasil obteve medalha de prata ao perder na final para a Cingapura. Na partida, o time brasileiro contou com dois titulares e um suplente. Formaram o grupo Antônio Leme, Bruna Satie e Daniele Martins.
A seleção brasileira, formada por 11 atletas, chegou ao fim da Défi sportif AlterGo 2014 com seis medalhas conquistadas, sendo três de ouro, duas de prata e uma de bronze.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Jogos de Minas completam 30 anos de valorização ao esporte

Vai começar a 30ª edição do Programa Minas Olímpica Jogos de Minas. Criado com o nome de Jogos do Interior de Minas – Jimi, o evento tinha o objetivo de valorizar o esporte através de disputas entre equipes que representavam municípios do interior do Estado. Ao longo dos anos, os embates criaram rivalidades e proporcionaram jogos históricos em diversas modalidades.
Em 2012, o Jimi foi aperfeiçoado, dando lugar a um novo formato de competição: os Jogos de Minas, que permitem a participação de times de Belo Horizonte na disputa, antes restrita aos municípios do interior. Em 2014, a grande novidade é a volta da etapa regional e uma nova divisão de municípios. No dia 17, tem início a disputa das etapas microrregionais em Ouro Branco, Pirapora e Ponte Nova. Até o dia 21, centenas de atletas estarão envolvidos nas disputas de basquetebol, futsal, handebol e voleibol, nos naipes masculino e feminino.
Durante toda sua história, os jogos consagraram equipes, atletas e deixaram sua marca por onde passaram. Ex-atleta de handebol, a educadora física Daniela Souza, 27 anos, esteve presente em 12 edições dos jogos. Ela representou as cidades de Arcos, Vespasiano e Luz no evento. Em 2006, Daniela obteve o melhor resultado, chegando ao vice-campeonato estadual. Atualmente técnica esportiva, ela afirma que ganhou experiência graças aos Jogos de Minas. “Foi jogando o Jimi de 2005 por Arcos que fui convidada para jogar por Vespasiano, onde tive a oportunidade de disputar campeonatos mineiros, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro Júnior de Handebol, o que me trouxe uma experiência muito importante como atleta e como técnica”.
Já a analista fiscal Carolina Nasta, de 31 anos, disputou os Jogos de Minas em 14 edições entre 1997 e 2012. No primeiro ano, como atleta de handebol, e de futsal, nos anos seguintes. Em 2013, após deixar a carreira de atleta, ela também participou da competição, mas como anotadora da Federação Mineira de Futsal.
Durante o período em que atuou nos Jogos, Carolina representou equipes das cidades de Pedro Leopoldo, Santa Luzia, Betim, Ipatinga, Caratinga, Ouro Branco e colecionou medalhas. “Nunca fui campeã estadual, mas já cheguei bem próximo, como em 2005, quando fui vice, e 2012, quando ficamos em terceiro. Disputei o Jimi quando eram quatro fases, com divisão A e B, e com apenas etapas regional e estadual”, comenta sobre as mudanças na fórmula de disputa dos jogos ao longo dos anos.
Para a ex-atleta, disputar a competição foi fundamental para seu desenvolvimento. “Joguei futsal durante 15 anos e atuei em 14 edições dos jogos. Aprendi muito como atleta, aprendi a trabalhar em equipe e respeitar as limitações de cada um. Fiz inúmeras amizades e isso tudo eu levo comigo para sempre”, garante.
Com a evolução do Jimi para Jogos de Minas, Carolina vê uma melhoria no nível da competição. “No futsal feminino, especialmente, melhorou muito, pois quando BH não participava, a maioria das atletas das equipes da capital eram contratadas para reforçar alguns times do interior que acabavam se destacando”, lembra.
Dentre as histórias que traz consigo, Carolina tem a lembrança do Jimi 2005. “Era a primeira vez que Pedro Leopoldo chegava à final da última etapa dos Jogos. A partida foi contra o time de Governador Valadares. Perdemos de 8 a 4, mas foi um jogo inesquecível, uma lembrança que guardo até hoje, pois, pela primeira vez uma equipe de Pedro Leopoldo chegou tão perto do título. Fizemos história aqui na cidade”, comenta.
Para os próximos anos dos Jogos de Minas, a expectativa é de crescimento da competição. “Acredito que se mantiver a forma de disputa e classificação como neste ano de 2014, será mais interessante para as equipes, uma vez que as chances de classificação aumentam por ter mais etapas e classificarem mais equipes em cada uma delas”.
Para o secretário de Estado Adjunto de Turismo e Esportes, Rogério Romero, os Jogos de Minas chegam aos 30 anos como uma das mais tradicionais competições do estado. “Os Jogos começaram há três décadas para movimentar o esporte mineiro no interior e fez história. Com a entrada das equipes de Belo Horizonte, em 2012, a competição mudou um pouco, mas para melhor”, ressalta. Segundo ele, a transição de Jimi para Jogos de Minas foi benéfica. “O Jimi nasceu como um evento de esporte de participação e, hoje, com os Jogos de Minas, o perfil é de esporte de rendimento, com atletas federados e equipes de alto nível. Essa mudança proporciona uma melhoria no nível técnico, uma vez que os Jogos vêm sendo encarados com mais seriedade e profissionalismo por parte dos participantes”. 
Para o futuro, Romero projeta a continuidade do trabalho desenvolvido. “Nosso objetivo é o incentivo à prática esportiva em todas as regiões do Estado e fazer dos Jogos de Minas, cada vez mais, uma vitrine para que surjam esportistas que possam representar Minas Gerais e o Brasil nas principais competições do mundo”.
 Competição em 2014
Neste ano os Jogos de Minas apresentam novidades com relação aos dois últimos anos. A edição 2014 do evento conta com a volta das etapas regionais, que não foram realizadas em 2012 e 2013. Dessa forma, os Jogos de Minas passam a ser disputados pelas equipes do interior em três fases: etapas microrregional, regional e estadual, sendo esta última realizada em dois momentos: uma para as modalidades coletivas e outra para as individuais e paralímpicas. Os times da capital disputam a etapa BH entre si, e os campeões classificam-se para a fase estadual.  A partir deste ano, entra em vigor ainda a alteração na divisão de municípios entre as regionais estabelecidas pela comissão organizadora dos jogos.
Anteriormente, a separação de cidades obedecia às regiões de planejamento definidas pelo Governo de Minas. Pela nova divisão, que busca facilitar a logística e o acesso entre os municípios, os Jogos de Minas contarão com oito microrregionais – Triângulo, Centro, Sul, Centro Oeste, Jequitinhonha, Norte, Vale do Aço e Zona da Mata. No sistema de disputa dos Jogos de Minas em 2014, os campeões microrregionais classificam-se para as fases regionais e os vencedores disputam a etapa estadual com os primeiros colocados da etapa BH nas modalidades coletivas – basquetebol, futsal, handebol e voleibol.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Campeões dos Jogos de Minas miram etapa regional

Chegou ao fim neste domingo, 04, a etapa microrregional do Programa Minas Olímpica Jogos de Minas 2014. A fase aconteceu em duas datas – de 17 a 21 de abril e de 30 de abril a 04 de maio – em oito sedes: Sete Lagoas, Ouro Branco, Teófilo Otoni, Itajubá, Pirapora, Sacramento, Ipatinga e Ponte Nova. Ao todo, foram realizados cerca de 600 jogos que apontaram os classificados para a próxima fase, a regional.
Em algumas modalidades, os times anfitriões aproveitaram-se do fato de jogarem diante da torcida para conquistar o título, como no caso de Sacramento, sede da etapa Triângulo, que ficou com a primeira colocação no vôlei feminino e basquete masculino. Na etapa microrregional Centro, Sete Lagoas também garantiu duas medalhas de ouro, no vôlei e basquete masculinos.
Os visitantes, no entanto, não se intimidaram diante dos donos da casa. Montes Claros bateu o time de futsal masculino de Pirapora por 2 a 1 em uma final eletrizante, marcada pela rivalidade entre as equipes. No naipe feminino, o time montes-clarense também levou a melhor.
Na disputa do handebol em quatro sedes dos Jogos de Minas os municípios que foram campeões no naipe masculino, também ficaram com a medalha de ouro no feminino. Foram os casos de Juiz de Fora – que deixou Viçosa na segunda colocação nos dois naipes –, Uberaba, Betim e Ipatinga.
Os quatro primeiros colocados na etapa microrregional preparam-se agora para a etapa regional dos Jogos de Minas, que será realizada de 18 a 22 de junho em quatro cidades: Juiz de Fora, Lavras, Montes Claros e Uberaba. 
Os três primeiros colocados em cada modalidade na etapa regional carimbam o passaporte rumo à fase estadual, quando se juntam aos vencedores da etapa BH.

sábado, 3 de maio de 2014

Seleção da Inglaterra volta a Minas, seis décadas após a histórica derrota para os EUA na Copa de 1950

A relação entre ingleses e mineiros no futebol vai além do histórico calendário da Copa do Mundo de 1950. Antes daquele Mundial, a exploração mineradora pelos ingleses em Nova Lima, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, possibilitou o surgimento de um time de futebol, o Villa Nova Atlético Clube, formado por trabalhadores das minas. Além disso, um dos principais jogadores brasileiros da história da Liga Inglesa (Premier League), um dos torneios mais disputados do mundo, é o mineiro de Lagoa da Prata, Gilberto Silva, que defendeu por seis anos o Arsenal, famoso time de Londres. Ele é um dos 10 embaixadores de Belo Horizonte para grandes eventos, título concedido pela prefeitura de Belo Horizonte.
No dia 24 de junho deste ano, a Seleção da Inglaterra entra em campo em Belo Horizonte, no Mineirão, para o confronto com a Costa Rica pela Copa do Mundo. Sessenta e quatro anos depois, os britânicos retornam à cidade onde realizaram um dos jogos mais comentados da história do referido Mundial. Em 1950, o time inglês foi derrotado pelos Estados Unidos por 1 a 0, resultado considerado talvez a maior zebra da Copa do Mundo, no estádio Independência.
O mineiro Gilberto Silva carrega a importância do futebol brasileiro na história da Premier League. Campeão mundial pelo Brasil em 2002, o volante foi contratado pelo Arsenal no dia 7 de agosto de 2002 eganhou o respeito da torcida dos Gunners, como é conhecida a torciada do Arsenal, por recusar a camisa número 6 que pertenceu ao eterno ídolo dos torcedores, Tony Adam. Gilberto Silva defendeu o Arsenal durante seis anos, período que conquistou quatro títulos.
Para o volante, a relação entre ingleses e brasileiros é de muito respeito. “Fui muito bem recebido quando morei na Inglaterra. É claro que, no início, tinha uma dificuldade com relação à língua, mas todos foram sempre muito solidários. O britânico parece ser mais distante, mas na verdade eles também são muito receptivos. E, o melhor, eles adoram o carisma, a disposição e a amizade dos brasileiros”, destacou o mineiro.
Quem endossa esse coro é o londrino Anthony Phillip Redmond. Há 30 anos no Brasil, o morador de Belo Horizonte também enaltece o bom relacionamento entre ingleses e brasileiros. "Aqui em BH as pessoas se cumprimentam, conversam, dão bom dia. Isso é muito parecido com a Inglaterra. Lá tem fama de ser um país frio, mas não é. As pessoas conversam e se olham”, explicou.
Jogadores de destaques da Premier League devem ser a base da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo. Philippe Coutinho, do Liverpool, Fernandinho, do Manchester City, Paulinho, do Tottenham, Oscar, Ramirez e Willian, os três do Chelsea, são alguns dos vários brasileiros que disputam a liga atualmente.
Minas Gerais e os ingleses
Apesar do jogo da Inglaterra na Copa de 1950 em Belo Horizonte, ter entrado para a história, as relações com dos mineiros com os britânicos começaram bem antes. Em 28 de junho de 1908, um grupo de operários da Saint John Del Rey Mining Company Limited fundou o Villa, o segundo clube mais antigo do Estado em atividade, superado pelo Atlético, fundado em 25 de março do mesmo ano. Na ocasião, Nova Lima ainda se chamava Villa Nova de Lima. Daí a origem do nome do time. Para simbolizar o clube, nascido sob o signo anglo-saxão, foram escolhidas as cores vermelha e branca, as mesmas que compõem a bandeira da Inglaterra. Como mascote, o Leão, símbolo da monarquia britânica.
A Saint John Del Rey Mining Company Limited era responsável pelo emprego dos atletas do Villa em sua mina. A empresa mantinha uma norma que foi fundamental para a estruturação do clube: todo funcionário da empresa contribuía de modo compulsório para a agremiação alvirrubra e tornava-se sócio. Isso gerava uma fonte segura de receita mensal e garantia a manutenção de um time forte e competitivo. Em contrapartida, os contribuintes podiam entrar gratuitamente no Estádio Castor Cifuentes, hábito que era comum também entre outros clubes na época.
O jornalista Wagner Augusto Álvares de Freitas, torcedor e historiador do Villa Nova, conta que a influência inglesa nos anos iniciais do time era bastante forte. “Não se tratava apenas de um estímulo corporativo com vistas a proporcionar uma boa opção de lazer aos trabalhadores da mineração, para que se mantivessem motivados no ambiente insalubre das lavras. A Saint John Del Rey Mining Company Limitedpassou a administrar o clube alguns anos após a fundação, como se o mesmo fosse um apêndice da empresa”, comenta. “Essa dedicação ao Villa Nova fez com que a agremiação fosse a pioneira em Minas Gerais na adoção do profissionalismo. No entanto, a partir da década de 1920, os ingleses foram se afastando dos cargos diretivos, que passaram a ser monopólio dos brasileiros. Atualmente, não há nenhum sócio inglês nos quadros da agremiação” afirma Freitas.
Apesar da ausência de representantes da Inglaterra no clube nos dias de hoje, os britânicos deixaram seu legado para o Villa. “Uma das heranças deixadas pelos ingleses é o terreno no bairro Bonfim, onde hoje está construído o Estádio Municipal Castor Cifuentes, que pertencia à mineradora na época da fundação do clube”.
Lazer
A vida noturna de Belo Horizonte também tem pontos em comum com a noite de Londres. A moda mais recente na capital mineira são os pubs, bares fechados típicos nas Ilhas Britânicas, perfeitos para fugir do frio. Desde 2010, pelo menos nove casas do gênero foram abertas na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Apaixonado por futebol, o londrino Anthony, torcedor do Queens Park Rangers e do Atlético Mineiro, destaca a semelhança dos pubs, mas prefere enaltecer os botecos mineiros. “Tem boteco perto da minha casa (região da Pampulha) que é muito pequeno, mas lá vão coronéis, arquitetos, empresários, professores, enfim, todo tipo de pessoa. O bar nivela todo mundo, ninguém é melhor que ninguém e isso é muito legal", comentou.