sexta-feira, 27 de junho de 2014

Torcedores vão contar com áreas especiais de estacionamento para trailers e motorhomes em BH

Os primeiros integrantes da caravana Santiago-Brasil 2014 começaram a desembarcar em Belo Horizonte na noite desta quinta-feira (26/06). Vindos de São Paulo, onde a seleção chilena enfrentou a Holanda na última segunda-feira (23/06), eles estão em Minas para empurrar La Roja no duelo decisivo contra o Brasil, pelas oitavas de final da Copa do Mundo.
Os torcedores partiram da capital chilena no dia 5 de junho rumo a Cuiabá, local da primeira partida da equipe do técnico Jorge Sampaoli. Em seguida, foram para o Rio de Janeiro e para a capital paulista, antes de chegar a Belo Horizonte, com o desejo de que não seja a última parada antes da volta para casa.
Acampado no Parque Lagoa do Nado, Juan Díaz está há 22 dias na estrada com dois filhos e um sobrinho acompanhando cada passo de ‘La Roja’. Divididos entre o carro e uma barraca, o colchão furado e a presença de formigas não foram empecilhos para passar tranquilamente a primeira noite em solo mineiro. Durante o dia, o objetivo é ir à Toca da Raposa II para apoiar a seleção chilena.
O planejamento para a jornada teve início logo que o Chile conquistou a classificação para o Mundial. Um ano depois, eles começaram a percorrer o caminho até o Brasil, que, de acordo com os torcedores, foi bastante tranquilo, apesar dos caminhões pela estrada. Na travessia da Cordilheira dos Andes, a caravana se dividiu. “Nós optamos por entrar na Argentina passando por Mendoza. A maioria dos outros carros optaram por seguir pelo norte do Chile, um caminho bastante sinuoso, onde a altitude chega a 5.200 metros de altitude”, contou Juan.
O filho dele, Michel Díaz, comenta outro momento de dificuldade enfrentado na viagem, quando foram barrados por policiais argentinos. “Tivemos que tirar todos os enfeites do carro e trocar a bandeira do Chile pela da Argentina. Acho que eles temiam alguma represália por parte dos torcedores deles”, explicou.
E quando o assunto é enfeites, o carro de Juan Diaz é um verdadeiro espetáculo. O veículo foi todo personalizado com as cores chilenas. Os bancos e retrovisores tinham a estampa da bandeira, assim como uma placa de led instalada no teto do carro. No capô, uma bandeira bordada com o nome do país chamava a atenção. O Investimento foi alto. “Gastamos ao todo cerca de 800 dólares com a ornamentação do carro. Deu um pouco de trabalho, mas o resultado foi ótimo”, destacou.
Pela primeira vez no Brasil, os torcedores dizem ter achado o Rio de Janeiro uma ótima cidade. “O Cristo Redentor é o que vi de mais bonito até agora. Gostaria de ter conhecido o Pão de Açúcar, mas não foi possível”, lamenta. Em Belo Horizonte, eles estão curiosos para conhecer os atrativos da cidade. “Tivemos pouco tempo até agora, mas quero conhecer melhor a capital e as tradições mineiras”, garantiu.
No comboio de 800 veículos, eles contavam com o apoio de outros três carros de amigos, que desistiram da viagem em São Paulo por não terem ingresso para o jogo deste sábado e retornaram a Santiago. “Muitos voltaram por não terem adquirido os tickets. Nós prosseguimos, vamos até onde o Chile for. Inclusive, esperamos voltar a Belo Horizonte no dia 8 de julho para a semifinal”, afirmou.
Sem ingressos para a partida de amanhã, o grupo pretende ir à Fan Fest acompanhar o jogo e ver um pouco da animação do público mineiro em tempos de Copa. As projeções para o resultado da partida são positivas. “Venceremos por 1 a 0 e estará ótimo. O objetivo é a classificação”, disse Michel.
São esperados cerca de 800 veículos, especialmente motorhomes, e três mil chilenos para o jogo deste sábado. Para receber os turistas, foram definidos três locais: o Parque Ecológico Lagoa do Nado e o Parque Ecológico da Pampulha, além do empreendimento Mega Space, situado em Santa Luzia. Mapas estão sendo distribuídos para orientar os visitantes nos postos da Polícia Rodoviária Federal nas principais entradas da cidade e nas rodovias BR-381 e a BR-040.
Para abrigar os chilenos
Localizado a cerca de 4 km de caminhada do Mineirão, o Parque Ecológico Lagoa do Nado, no bairro Itapoã, tem capacidade para acomodar cerca de 90 veículos, entre carros, trailers e motorhomes. O parque oferece estrutura de banheiros, acesso à internet wi-fi, iluminação, pontos de energia e serviço de limpeza.
Já o Parque Ecológico da Pampulha está a uma distância de 3,1 km do Mineirão. O estacionamento do local tem capacidade para abrigar cerca de 120 veículos pequenos ou 50 trailers e motorhomes ou ônibus, e também vai atender à demanda dos visitantes. A hospedagem nos parques Lagoa do Nado e Pampulha são gratuitas. A Polícia Militar e a Guarda Municipal vão realizar a segurança nos locais.
O Mega Space, localizado em Santa Luzia, conta com infraestrutura de praça de alimentação, banheiros, iluminação, serviço de limpeza, internet e segurança. A área para estacionamento dos veículos é de 110 mil m² e pode acomodar até mil motorhomes. O valor para hospedagem, de acordo com a empresa gestora do espaço, será feito em pacotes de conforme o tempo de permanência no local.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Ciclista percorre distância entre Chile e Brasil para ver a Copa do Mundo

Após 3.870 quilômetros de estrada percorridos, uma aventura iniciada no dia 10 de maio atingiu seu auge em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (26/06). O torcedor France Tápia, de 47 anos, partiu da cidade chilena de La Calera, a 130km de Santiago, com destino aos locais dos jogos da La Roja na Copa do Mundo. O objetivo inicial era ir ao Rio de Janeiro, onde o Chile enfrentou a Espanha, no dia 18 de junho. No entanto, atrasos no percurso adiaram a conclusão da viagem.

Por 42 dias, até confirmar sua chegada em Belo Horizonte, o chileno pedalou durante o dia e parou para descansar somente à noite. Além do esforço físico e das estradas sinuosas, outros inúmeros problemas apareceram pelo caminho que percorreu sozinho. “Os fatores climáticos foram os mais complicados. Chuva, sol, frio... Os mosquitos e os caminhões na rodovia também foram adversários difíceis nessa viagem”, relatou.

Tápia cruzou a Argentina, passando por cidades como Mendoza, San Luís e Córdoba, até chegar ao primeiro local do Brasil, 30 dias depois de partir do Chile. A primeira parada foi em Foz do Iguaçu, no Paraná. “Era um sonho conhecer as cataratas do Iguaçu e, por sorte, quando estive lá, as quedas d’água estavam em sua capacidade máxima. Um espetáculo! Fiquei realmente encantado com a beleza de lá”, contou. De São Paulo para Minas, o ciclista veio de carona. O objetivo é dar sequência à aventura enquanto o Chile permanecer na Copa. “Quero ficar no Brasil até 13 de julho e ir para o Maracanã acompanhar a final”, afirmou.

Sobre a partida de sábado (28/06), o chileno ainda não sabe se conseguirá ir ao Mineirão, uma vez que não conseguiu ingresso. Ele também garante que não gosta de fazer projeções. “Só espero que vença o melhor e que a arbitragem tenha uma atuação imparcial”, garante. Mesmo sem previsões, Tapia brinca: “Que seja 5 a 0 para o Chile”, finaliza.

Brasil e Chile se enfrentam neste sábado (28/06), às 13h, no Mineirão, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. O vencedor do confronto enfrentará nas quartas de final o vencedor da partida entre Colômbia e Uruguai.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Em visita do Príncipe Harry, Governo de Minas assina acordo com Associação Paralímpica Britânica

Foto: Divulgação/Minas Tênis Clube
Nesta terça-feira (24/06), o Minas Tênis Clube, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, recebeu a visita do Príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão do trono do Reino Unido. Na ocasião, o membro da família real conheceu a estrutura do clube, as modalidades praticadas na unidade e acompanhou a assinatura de um protocolo de intenções entre o Governo de Minas, a Prefeitura de Belo Horizonte, o Minas Tênis Clube e a Associação Paralímpica Britânica para que as equipes do Reino Unido possam se preparar em Minas Gerais para os Jogos Paralímpicos Rio 2016.

O documento segue os mesmos moldes do acordo assinado pelo Estado com a Associação Olímpica Britânica, em outubro de 2013, que prevê a vinda de equipes da Grã-Bretanha ao Estado para um período de treinamentos preparatórios para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Bastante satisfeito com o acordo, o secretário de Estado de Turismo e Esportes, Tiago Lacerda, ressalta o bom momento vivido por Minas no cenário esportivo. “Estamos realizando uma bela Copa do Mundo e hoje recebemos a seleção inglesa para jogar no Mineirão. Daqui a dois anos, sediaremos toda a preparação dos fortes atletas britânicos, que colecionam dezenas de medalhas olímpicas, para os Jogos Rio 2016. Não há como não se orgulhar dessa boa relação entre Minas Gerais e Grã-Bretanha”, ressaltou.

O presidente do Minas, Luiz Gustavo Lage, o vice-presidente Paulo Emílio Carreiro e atletas, como o nadador Cesar Cielo e os judocas Luciano Corrêa, Ketleyn Quadros e Érika Miranda, recepcionaram a comitiva da Grã-Bretanha, composta pelo Ministro da Cultura, Comunicações e Esportes, Sajid Javid, pelo embaixador britânico no Brasil, Alex Ellis, pelo executivo da Associação Olímpica Britânica (BOA), Bill Sweeney, e pelo executivo da Associação Paralímpica Britânica (BPA), Tim Hllingsworth, além do Príncipe Harry.

Logo após chegar às dependências do clube, o herdeiro do trono britânico assistiu à uma demonstração do campeão olímpico Cesar Cielo, no parque aquático do Minas. Na Arena JK, o príncipe acompanhou clínicas de rugby, judô e basquetebol, com atletas mirins. Campeão mundial, o judoca Luciano Corrêa também fez uma exibição para Harry. O atleta destacou a importância da visita do príncipe. “Essa parceria do clube com a Associação Olímpica Britânica, para nós, é fundamental. Tanto eles vindo para cá, quando nós indo para lá. Essa troca de experiências, a dois anos dos Jogos Olímpicos, ainda mais pela potência esportiva que é a Grã-Bretanha, vai ser muito proveitosa”.

Após o momento esportivo, o príncipe participou do Global Players Talk Show, encontro com empresários para debater as operações globais e os desafios das empresas em alavancar novos negócios internacionais, no Teatro Bradesco. Após a visita, o Príncipe Harry se dirigiu ao Mineirão, onde acompanha a partida entre Inglaterra e Costa Rica pela última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo Fifa 2014.

Acordo para os Jogos Olímpicos

Minas Gerais foi o primeiro estado do Brasil a assinar protocolo de intenções com um comitê olímpico estrangeiro para ser local de preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Em outubro de 2013, o então governador Antonio Anastasia assinou, no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, protocolo de intenções com a British Olympic Association (BOA) – Associação Olímpica Britânica – para que delegações de diversas modalidades olímpicas da Grã-Bretanha possam se preparar em Minas Gerais para os jogos em 2016.

O protocolo de intenções prevê a formação de um grupo de trabalho entre o Governo de Minas, a Prefeitura de Belo Horizonte e os Centros de Treinamento selecionados para prestar assessoria ao Comitê Olímpico Britânico enquanto estiverem em Minas Gerais. O acordo também prevê foco especial em áreas como esportes e atividades físicas, amplo legado social, incluindo educação, legado econômico e na área de ligações de educação e universidades, além de outras áreas nas quais os participantes possam trocar experiências.

A escolha das instalações esportivas do Minas Tênis Clube, do Centro de Treinamento Esportivo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Clube Mineiro de Caçadores (CMC) de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), como locais de preparação dos atletas britânicos foi fruto de uma série de negociações.

Minas nos Jogos Olímpicos. Minas Gerais possui 16 centros aprovados pelo Comitê Organizador Co-Rio 2016, em nove cidades. O Estado age conforme as garantias que foram dadas para que fosse uma das quatro unidades da Federação a receber as Olimpíadas, além do Rio. Também receberão jogos São Paulo, Bahia e o Distrito Federal.

Torcedores da Costa Rica estão na capital para incentivar a seleção da América Central

Quando a Seleção da Costa Rica caiu no grupo de Inglaterra, Uruguai e Itália, no sorteio das chaves da Copa do Mundo, em dezembro de 2013, nem o mais otimista dos torcedores poderia imaginar que a então modesta equipe da América Central deixaria os campeões mundiais para trás e seria destaque na primeira fase do Mundial. Em sua quarta participação na Copa, os costa-riquenhos não tomaram conhecimento dos sete títulos que seus adversários da chave D têm no currículo e chegaram dispostos a surpreender nos gramados brasileiros.
Nos dois primeiros jogos na Copa, Los Ticos, como são conhecidos, venceram os uruguaios por 3 a 1 e os italianos, por 1 a 0. Nesta terça-feira (24/06), a equipe costarriquenha enfrenta a já desclassificada Inglaterra, no Mineirão, às 13h, pela última rodada da fase de grupos da Copa.
Desde o último domingo (22/06), é possível ver pelas ruas de Belo Horizonte os animados torcedores da Costa Rica, otimistas para o jogo contra a Inglaterra. Já com vaga assegurada nas oitavas de final, eles buscam a vitória para garantir a primeira colocação do grupo.
Se para a maioria dos fãs de futebol a campanha costarriquenha era inesperada, para os torcedores do time do técnico Jorge Luiz Pinto os bons resultados são consequências do trabalho em equipe. “Temos destaques individuais, como o goleiro Navas e o atacante Campbell, mas o time todo, o conjunto, é que faz a seleção forte”, destaca Nícolas Ortega, que veio de San Jose para acompanhar o time em Belo Horizonte.
Segundo o torcedor Ronald Rojas, a boa campanha na Copa do Brasil era um grande sonho que se tornou realidade. “Em um grupo de campeões mundiais, a Costa Rica foi a coadjuvante que roubou a cena. Viemos para mostrar que também podemos buscar nosso lugar ao sol no futebol internacional”, garante. Entre os possíveis adversários, a intenção é fugir de um confronto com a Colômbia. “Acredito que enfrentar Grécia ou Costa do Marfim é menos difícil que pegar os colombianos logo de cara. Não existe jogo fácil, mas o ideal é pegar adversários menos complicados por agora”, concluiu.
Jorge Greco sonha alto. Para ele, a Costa Rica chegará, pelo menos, entre os quatro primeiros colocados da Copa. “Se conseguimos a classificação nessa primeira fase tão difícil, vencer os jogos decisivos também é algo possível para nós. Basta que o time tenha foco, vontade e seja, como sempre, a Seleção Pura Vida”. Pura vida é uma expressão utilizada na Costa Rica que significa algo como ‘tudo bem’ e está estampada em grande parte das camisas usadas pelos ticos.
No Brasil, a Costa Rica faz sua quarta participação na Copa do Mundo. A melhor campanha foi em 1990, quando o time passou para as oitavas de final, ganhando de Escócia e Suécia, e perdendo para o Brasil. No mata-mata, foi eliminada pela Tchecoslováquia. Se ganhar da Inglaterra, será a primeira vez que os costarriquenhos vencem todas as partidas da fase de grupos da Copa do Mundo. O próximo desafio será passar para as quartas de final, algo inédito para um time da América Central.
Lembranças de BH
O time inglês não guarda boas lembranças de Belo Horizonte. Trata-se da segunda vez que a equipe entra em campo na capital mineira em uma partida de Copa do Mundo.
No dia 29 de junho de 1950, no Estádio Independência, os ingleses foram derrotados por 1 a 0 pelos Estados Unidos, um dos resultados mais surpreendentes da história das Copas. Naquele ano, a Inglaterra encerrou sua participação no Mundial com apenas uma vitória conquistada na chave formada por Espanha e Chile, além dos norte-americanos.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Turistas e torcedores adotam a praça da Savassi durante a Copa do Mundo e movimentam comércio

A praça Diego de Vasconcelos, conhecida como praça da Savassi, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, tornou-se ponto de encontro de torcedores desde o dia 12 de junho, abertura da Copa do Mundo. Dessa data em diante, milhares de pessoas se aglomeram diariamente nos quarteirões fechados das ruas Pernambuco e Antônio de Albuquerque, fazendo a alegria dos comerciantes da área, predominantemente tomada por bares e restaurantes. Segundo o diretor da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), Alessandro Runcini, o faturamento de bares e restaurantes da região dobrou. “Posso dizer que nossos bares e restaurantes dobraram o faturamento e estão atingindo números recordes”, adianta. No próximo dia 26, a instituição vai apresentar os resultados da pesquisa realizada com lojistas da Savassi sobre os reflexos da Copa.
No estabelecimento em que Flávia Machado é gerente, as vendas dobraram no período do Mundial. “Chegamos a um aumento de 100% nas vendas neste período de Copa”, comemora. Para receber a demanda, ela contratou 10 funcionários para compor a equipe de garçons. Nos primeiros dias, no entanto, o bar não estava preparado para a chegada massiva das torcidas. “No primeiro final de semana, quando os colombianos lotaram a Savassi, não estávamos tão preparados para o volume de público. Mas logo nos adequamos e já estamos conseguindo atender tranquilamente às pessoas que vêm até aqui”, garantiu. O produto mais consumido é a cerveja. “Mesmo com as noites frias que temos enfrentado, a cerveja tem sido a preferência dos nossos clientes”, contou Flávia. Segundo a gerente, o movimento tem se mantido estável em todos os dias. “É só ligar a TV que o público chega, independentemente de o jogo ser do Brasil ou de outros times”, comentou.
Proprietário de um bar e de uma loja de artigos da Copa do Mundo, ambos na Savassi, Rubéns Batista mostra-se satisfeito com o crescimento nas vendas, mas lamenta a falta de mão de obra no bar. “Começamos a Copa com 11 garçons, cinco a mais do que temos normalmente, e agora, voltamos a ter seis. Os funcionários contratados encontraram uma dificuldade com o volume de trabalho e acabaram abandonando o serviço”, lamenta. Mesmo assim, ele estima que o aumento das vendas chega a 60%. “O maior movimento foi no sábado em que a Colômbia jogou em Belo Horizonte. Os argentinos vieram em bom número nesse final de semana, mas nada que se compare à torcida colombiana”, comentou. Avaliando as vendas da loja de artigos temáticos da Copa, o comerciante vê os brasileiros receosos com a campanha da Seleção no Mundial. “As dificuldades encontradas pelo Brasil nos primeiros jogos deixaram a torcida com um pé atrás. Temos que torcer por uma vitória convincente diante de Camarões para a torcida entrar de vez no clima e vestir a cidade de verde e amarelo”, afirmou.
Artesanato mineiro
Durante o período da Copa do Mundo, a Savassi recebe uma série de atividades culturais e a Feira de Economia Solidária. Nela, 30 expositores de artesanato apresentam e vendem seus produtos no local. Ana Gláucia é uma das artesãs que estão na praça desde o dia 12. Normalmente, ela comercializa suas produções na feira de artesanato da avenida Afonso Pena. Na Savassi, ela viu suas vendas crescerem cerca de 30%. O público consumidor das peças não se restringe a turistas. “Os visitantes compram, mas os belo-horizontinos também adquirem o artesanato em grande quantidade”.  Para os próximos dias, a expectativa é de que o lucro aumente. “Aqui temos a vantagem de estarmos presentes todos os dias da semana, o que ajuda a vender. Na Afonso Pena, é só aos domingos e em um horário determinado. Esperamos encerrar a Copa com bons resultados dentro de campo, com o Brasil campeão, e aqui também”, concluiu.
Geração de empregos
A Copa do Mundo Fifa 2014 está gerando cerca de 1 milhão de empregos no país, de acordo com a Embratur. O número de postos de trabalho criados pelo Mundial equivale a mais de 15% dos 4,8 milhões de empregos formais registrados ao longo do governo atual.
Os dados foram obtidos através de estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido do Ministério do Turismo. O levantamento faz a comparação entre a projeção dos impactos gerados pela Copa do Mundo e as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) sobre o histórico de janeiro de 2011 a março de 2014.
Do total de vagas de emprego relacionadas à Copa, 710 mil são fixas e 200 mil são temporárias, todos com carteira assinada, segundo o presidente da Embratur. “São números significativos para qualquer comparação”, afirmou Vicente Neto. Na cadeia do turismo, foram gerados 50 mil novos empregos em função do evento esportivo.
Neto anunciou, durante entrevista coletiva na última semana, outro dado positivo relativo à Copa no Brasil: a taxa de ocupação da rede hoteleira nas 12 cidades-sede na primeira semana do Mundial foi 45% acima do esperado, de acordo com autoridades do setor. Até o dia 11 de junho, foram registradas 340 mil diárias, 100 mil a mais que o previsto pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb).
Entre os principais impactos positivos esperados pela Copa estão os gastos de turistas durante o evento. Como um todo, a Copa do Mundo deve somar cerca de R$ 30 bilhões à economia brasileira, segundo pesquisa da Fipe encomendada pelo Ministério do Turismo.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Na véspera do jogo em Belo Horizonte, visitantes argentinos invadem o Mercado Central

Acostumado com a presença de turistas estrangeiros, o Mercado Central, em Belo Horizonte, ficou lotado de torcedores argentinos nesta sexta-feira (20/06). Neste sábado (21/06), a Seleção Argentina entra em campo pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo, contra o Irã, às 13h, no Mineirão. Vestidos com tradicional camisa azul e branca, ‘los hermanos’ desfrutaram do que há de melhor na gastronomia e na cultura de Minas Gerais no mercado. Entre os itens mais requisitados pelos visitantes estavam as peças de artesanato, o queijo e a cachaça mineira.

Um grupo de cinco argentinos que, pela primeira vez, visita o Brasil, voltou para casa com o carrinho repleto de compras. Carolina Mordini, Marco Mordini, Angelo Mordini, Patricio Paolini e Adrián Rios desembarcaram em Belo Horizonte na quinta-feira (19/06) e foram conhecer os principais pontos turísticos da cidade. Depois de passarem pela Savassi, eles resolveram conhecer o Mercado.

“Estou encantada com a variedade de produtos que este lugar possui. Já garanti alguns para levar comigo para a Argentina”, contou Carolina. Além da cachaça, eles compraram bucha vegetal, uma rede e queijo Canastra. “Aqui as pessoas têm boa comida, pratos variados e muito deliciosos”, avaliou Patricio Paolini, que se diz apaixonado pelo pão de queijo. “Quero aprender a receita para fazer em nosso país”, avisou. Os turistas permanecem em BH até o domingo, quando seguem para São Paulo.

Acompanhado dos filhos Alex, Sebástian e Fernando, Claudio Aldaz chegou a Belo Horizonte vindo dos Estados Unidos, onde moram. No Mercado Central, a missão era, além de provar a pratos da culinária mineira, comprar uma cachaça de boa qualidade para fazer a famosa caipirinha. “Uma cidade tão bonita, com boa comida e boa bebida é irresistível”, comentou. Para Alex, o melhor prato mineiro que experimentou até agora foi também o pão de queijo. “Pão de queijo com presunto e queijo. Uma delícia”, afirmou. A programação desta sexta-feira (20/06) à noite é prosseguir explorando a capital mineira. “Iremos até a Savassi para conhecer mais da cidade e experimentar novidades da gastronomia local”, finalizou.

Mercado Central

Inaugurado em 1929, o Mercado funcionava como uma feira a céu aberto no terreno cedido pela prefeitura. Na década de 1960, quando o executivo municipal decidiu vender a propriedade, os comerciantes se uniram, compraram o terreno e construíram um enorme galpão coberto de 14.000 m2, com o objetivo de abrigar as lojas. Desde então, o Mercado se tornou um dos pontos de encontro mais tradicionais de Belo Horizonte.

Atualmente, o local possui mais de 400 lojas, onde se encontra de quase tudo. Para quem procura por artesanato, objetos de decoração e utensílios domésticos, não há melhor lugar para encontrar artigos de couro e palha, panelas de pedra ou de ferro, roupas de bordado ou crochê, cerâmicas, entre outros artigos. A variedade de restaurantes, docerias e queijarias também um dos principais atrativos do mercado.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional visita Belo Horizonte

Foto: Renata Silva/Setes MG
vicepresidenteCOI
Belo Horizonte recebeu nos últimos dias a visita do sir Craig Reedie, que é vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), presidente da Agência Mundial Antidoping (Wada) e integrante do Comitê Organizador das Olimpíadas de Londres 2012. O objetivo da visita foi conhecer os locais que sediarão os treinamentos das equipes do Comitê Olímpico Britânico nos Jogos Olímpicos Rio 2016. 
No período da manhã, o executivo esteve na pista de atletismo e no complexo aquático do Centro de Treinamento Esportivo da Universidade Federal de Minas Gerais (CTE/UFMG). Sir Reedie mostrou-se admirado com a estrutura construída. “Este espaço tão bem elaborado tem um grande potencial de formação de grandes atletas. Torço para que ele logo seja usado para formar os futuros campeões olímpicos do Brasil”, afirmou.
À tarde, o vice-presidente do COI participou de uma reunião, no Minas Tênis Clube, com o grupo de trabalho criado para prestar assessoria ao Comitê Olímpico Britânico enquanto estiverem em Minas Gerais. Entre os presentes, Luiz Eymard Zech Coelho, gerente de Esportes do Minas, representantes da Prefeitura de Belo Horizonte e da Secretaria de Estado de Turismo e Esportes, além do secretário adjunto da pasta, Rogério Romero.
Segundo o secretário de Estado adjunto de Turismo e Esportes, Rogério Romero, ter a presença de uma autoridade como sir Reedie em Minas é uma grande honra. “Temos aqui alguém renomado no meio esportivo internacional, que ocupa cargos de destaque nos maiores órgãos ligados ao esporte. Receber pessoas assim em Belo Horizonte é uma grande satisfação, pois demonstra o potencial esportivo mineiro e a forma como chamamos a atenção de entidades internacionais”, comentou.
Sir Craig afirmou durante o encontro que os britânicos já têm a certeza de que terão em Minas uma verdadeira casa na preparação para as Olimpíadas. “Neste breve período em que estou aqui só posso dizer estou bastante feliz com o que encontrei. O Estado está preparado para nos receber e nós esperamos usufruir da melhor maneira das estruturas oferecidas, convertendo isso em vitórias no Rio”, finalizou. Após o encontro, o executivo conheceu as instalações da entidade na rua da Bahia e do Minas Náutico, em Nova Lima.
Acordo. Minas Gerais foi o primeiro estado do Brasil a assinar protocolo de intenções com um comitê olímpico estrangeiro para ser local de preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Em outubro de 2013, o governador Antonio Anastasia assinou, no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, protocolo de intenções com a British Olympic Association (BOA) – Associação Olímpica Britânica – para que delegações de diversas modalidades olímpicas da Grã-Bretanha possam se preparar em Minas Gerais para os jogos em 2016.
O protocolo de intenções prevê a formação de um grupo de trabalho entre o Governo de Minas, a Prefeitura de Belo Horizonte e os Centros de Treinamento selecionados para prestar assessoria ao Comitê Olímpico Britânico enquanto estiverem em Minas Gerais. O acordo também prevê foco especial em áreas como esportes e atividades físicas, amplo legado social, incluindo educação, legado econômico e na área de ligações de educação e universidades, além de outras áreas nas quais os participantes possam trocar experiências.
A escolha das instalações esportivas do Minas Tênis Clube, do Centro de Treinamento Esportivo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Clube Mineiro de Caçadores (CMC) de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), como locais de preparação dos atletas britânicos foi fruto de uma série de negociações.
Comitê Olímpico Britânico. A British Olympic Association é o Comitê Olímpico Nacional da Grã-Bretanha e do Norte da Irlanda, sendo um dos 204 comitês nacionais atualmente reconhecidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Foi fundada em 1905 por representantes de sete modalidades: esgrima, ciclismo, patinação, remo, atletismo, rugby e futebol. Atualmente, todos os 33 organismos nacionais de cada esporte olímpico, verão e inverno, são membros do Comitê.
A Grã-Bretanha participou de todos os jogos olímpicos desde 1896. Juntamente com França e Suíça são os únicos que estiveram presentes em todos os jogos olímpicos de inverno. Sediou os jogos olímpicos em 1908 e 1948. Londres foi sede das Olimpíadas de 2012.
Minas nos Jogos Olímpicos. Minas Gerais possui 16 centros aprovados pelo Comitê Organizador Co-Rio 2016, em nove cidades. O Estado age conforme as garantias que foram dadas para que fosse uma das quatro unidades da Federação a receber os jogos olímpicos, além do Rio. Também receberão jogos São Paulo, Bahia e o Distrito Federal.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Assistir aos jogos da Copa do Mundo em casa é opção para muitas pessoas

Em tempos de Copa do Mundo, não faltam opção de locais para assistir aos jogos. Além da Fan Fest, bares, restaurantes e a praça Diogo Vasconcelos, na Savassi, uma das muitas formas encontradas para torcer pelo Brasil é reunir amigos em casa para acompanhar os jogos juntos. E não é porque neste ano o Mundial acontece por aqui que esse hábito seria abandonado.
Na república “Humilde Residência”, no centro de Belo Horizonte, em todas as partidas as moradoras convocam a seleção de amigos para ver o Brasil em campo. Os preparativos para a festa começam na noite anterior, com a decoração da casa. Bandeiras, balões, bandeirinhas e tudo que for verde e amarelo são integrados à ornamentação da casa. No cardápio, tira-gostos, cachorro-quente, pipoca e a brasileiríssima caipirinha.
Cerca de 15 pessoas foram convidadas para ver a partida entre a Seleção Canarinho e os mexicanos no apartamento. Nove compareceram. “É antevéspera de feriado, férias, muita gente viajando. Infelizmente, sofremos um desfalque na nossa torcida”, lamenta Flávia Barbosa.
Petiscos prontos, todos se reuniram na sala, em colchões improvisados como sofás para assistir à partida. Cantando o hino a plenos pulmões antes de a bola rolar, a intenção dos torcedores era levar toda a energia positiva à equipe do técnico Luiz Felipe Scolari.
Durante todo o primeiro tempo, as reclamações contra a arbitragem deram o tom da torcida. Aline Michele era a mais nervosa. “Esse juiz só dá cartão em caso de fratura exposta”, indignou-se. “Felipão tem que mexer nesse time, senão vamos nos complicar”, advertia Thalita Bento.
No intervalo, os palpites do placar que no início da partida eram em sua maioria para um novo 3 a 1, se tornaram mais modestos. “Vamos apostar no 1 a 0, que nesse contexto é goleada”, alertou Augusto Gusmão.
Antes do início do segundo tempo, mais uma torcedora se juntou ao grupo da Humilde Residência. Carmen Teixeira chegou com roupas, acessórios, unhas, maquiagem e até a capinha do celular com as cores do Brasil. “Cheguei para trazer sorte para a Seleção”, garantiu.
Com a entrada de Jô no lugar de Fred, a esperança de gols voltou à cena, especialmente para os torcedores atleticanos presentes, que festejaram a presença do atacante.
O sofrimento permaneceu durante todo o segundo tempo, a cada chance desperdiçada, a ansiedade pelo gol aumentava. Parte dos espectadores preferiu deixar a sala e não ver mais o jogo. “Haja coração”, se afligia Luciana Moreira, que saiu de perto da televisão, mas corria para ver quando o restante dos amigos gritava em alguma chance de gol.
O placar final de 0 a 0 não agradou. Reclamações pipocaram de todas as partes. “Agora é ganhar de Camarões e seguir na caminhada rumo ao hexa. O ideal seria golear, para empolgar a torcida, mas a vitória simples que garantir nossa classificação será muito importante”, comentou Gabriela Cunha.
A Seleção Brasileira volta a campo na próxima segunda-feira (23), em Brasília, às 17h, contra a seleção camaronesa, pela última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo Fifa 2014.

sábado, 14 de junho de 2014

Transporte público é preferência de torcedores gregos e colombianos na ida ao Mineirão

A história da invasão colombiana a Belo Horizonte nos últimos dias ganhou novas páginas neste sábado, dia da estreia de Los Cafeteros na Copa do Mundo Fifa 2014, contra a Grécia, às 13h, no Mineirão. A caminho do estádio, milhares de torcedores tomaram os pontos de ônibus da capital.

José Fernandez, Fred Gondoño e outras três pessoas desembarcaram ontem à noite na capital mineira para acompanhar a Colômbia. Ainda sem tempo para conhecer a cidade, eles se concentravam na partida desta tarde. “Primeiro vamos ver se Belo Horizonte vai nos dar sorte. Se der, vamos conhecer melhor a cidade”, brincou Fernandez. Sobre o resultado da estreia, Gondoño é otimista. “Vai ser 2 a 0 para irmos para o segundo jogo e garantir a classificação”, afirmou. Eles acompanharão todos os jogos da Seleção Colombiana na primeira fase do Mundial.

Demonstrando uma animação de causar inveja, outro grupo de torcedores da Colômbia ignorava as poucas horas de sono desde o desembarque em Belo Horizonte, às 3h da manhã, e contava os minutos para a bola rolar no Gigante da Pampulha. Jhon Morgado estava acompanhado de outras seis pessoas na Praça da Savassi aguardando o embarque para o jogo. O placar de 2 a 0 também foi a aposta dos torcedores tricolores. “Os gols vão ser de Teófilo Gutiérrez e James Rodriguez”, previu Morgado.

Em desvantagem numérica, torcedores gregos chegaram aos poucos ao Terminal Copa da Savassi, local de onde partiram os ônibus rumo ao Mineirão. Vestindo a camisa azul e branca, os fãs da Grécia presentes eram predominantemente brasileiros simpatizantes da Seleção Galanolefki (azul e branca, em grego). José Maurício Vieira resolveu se vestir com as cores gregas, contrariando os hóspedes que estão em sua casa. “Estou recebendo oito colombianos em casa para a Copa e eles não estão muito satisfeitos com a minha escolha”, brincou. Apesar da camisa grega, Vieira confessou a torcida pelo adversário. “Vai ser 3 a 1 para a Colômbia. Melhor deixar os visitantes felizes. Quero ser um bom anfitrião”, disse rindo.

Vestindo camisas da Seleção Brasileira, os amigos Rafael Gabiro, Alex Martins e Lafayete Neto foram contagiados pela massa colombiana presente em Belo Horizonte e decidiram torcer pelo time sul-americano. “Eles estão fazendo uma festa incrível na nossa cidade, são simpáticos, alegres. Impossível não querer que eles vençam”, sugeriu Alex.

Fã do grego Georgios Samaras e do futebol “feio e chato”, como ele próprio descreve, Luiz Guilherme Pinheiro deixou João Monlevade, na região Central do Estado, para conferir a estreia da Grécia no Mineirão. “Mesmo quando não há Copa do Mundo, acompanho os jogos da Seleção Grega. Gosto do estilo de jogo deles e dos bons atletas que eles têm no time”, contou. Quando perguntado sobre um confronto entre Brasil e Grécia, o torcedor garante: o coração é verde amarelo. “Nos outros jogos torço pelos gregos. Contra a Seleção Brasileira, eles perdem minha torcida, infelizmente”, finalizou.

Transporte público

Quem optar pelo transporte público nos dias de jogos no Mineirão poderá embarcar em um dos cinco Terminais Copa. O horário de embarque para o estádio é de 8h às 12h. E na hora de voltar para casa, o horário de embarque vai de 14h30 às 18h.

Não haverá paradas ao longo do trajeto de ida para o Mineirão, somente no trajeto de volta. Portanto, só é possível embarcar para o estádio em um dos cinco terminais. A viagem de ida e volta custa R$ 15. O torcedor deve guardar a passagem, pois ela será utilizada tanto na ida quanto na volta. Quem embarcar no Aeroporto de Confins vai pagar R$ 10 por trecho. Os bilhetes serão vendidos nos Terminais Copa e nos postos Transfácil do bairro Floresta, na Rua Aquiles Lobo, 504, e na Savassi, na Rua Professor Moraes, 216.

Terminal: Minas Shopping          
- Ponto de Embarque (ida para o estádio): Próximo da Estação de Metrô Minas Shopping          
- Ponto de Embarque (volta do estádio): Av. das Palmeiras (entre Al. dos Jacarandás e Al. das Falcatas)

Terminal: Centro
- Ponto de Embarque (ida para o estádio): Rua dos Goitacazes (entre Rua Rio de Janeiro e Rua Espírito Santo)  
- Ponto de Embarque (volta do estádio): Av. Fleming (Praça dos Esportes)          

Terminal: Expominas
- Ponto de Embarque (ida para o estádio): Av. Amazonas (em frente ao Expominas)
- Ponto de Embarque (volta do estádio): Av. Fleming (Praça dos Esportes)          

Terminal: Savassi
- Ponto de Embarque (ida para o estádio): Av. Getúlio Vargas (entre Rua Paraíba e Rua Rio Grande do Norte)  
- Ponto de Embarque (volta do estádio): Av. Fleming (Praça dos Esportes)

Terminal: Aeroporto Internacional Tancredo Neves              
- Ponto de Embarque (ida para o estádio): Aeroporto Internacional Tancredo Neves          
- Ponto de Embarque (volta do estádio): Av. das Palmeiras (entre Al.das Falcatas e Al. do Ipê Amarelo)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Ruas e bares de BH são tomados pela alegria de torcedores do mundo todo

Foram 2416 dias de espera até este 12 de junho. Desde o dia 30 de outubro de 2007, quando o Brasil foi anunciado como sede da Copa do Mundo FIFA 2014, os brasileiros viveram momentos de expectativa até a estreia da Seleção pentacampeã no Mundial contra a Croácia, na Arena Itaquerão, em São Paulo.
Desde as primeiras horas da manhã, era possível ver, por toda a Belo Horizonte, torcedores com a camisa amarelinha. Na Praça da Savassi, tradicional ponto de concentração em dias de jogos do Brasil, a partir das 14h, as pessoas começaram a se reunir. Nos quatro quarteirões fechados da Praça Diogo de Vasconcelos, o público acompanhou shows de samba e pop rock antes da partida.
Era notável a presença de colombianos em grande número. Julian Rodriguez e Cristian Chiazero chegaram na quarta-feira (11) a Belo Horizonte para acompanhar a estreia da Colômbia contra a Grécia, neste sábado, às 13h, no Mineirão. Na primeira visita ao Brasil, ambos concordam que a escolha pela capital mineira foi acertada. “Viemos para o jogo de estreia da Colômbia, no sábado. E nossa Seleção vai começar a Copa em uma ótima cidade”, afirmou Rodriguez. No domingo, eles seguem para Brasília, onde a equipe de seu país joga a segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo contra a Costa do Marfim no dia 19.
Entre os latino-americanos, um grego solitário afirmava, convicto, que veio ao Brasil para ver a Grécia ser campeã. Dimitri Georgakopoulos chegou a Belo Horizonte na última terça-feira (10). Desde então, conheceu outros pontos da cidade, entre eles o Mercado Central. “Estou encantado. É tudo muito bonito, o povo bastante alegre. Pena que vou para as demais cidades em que a Grécia irá jogar. Vai ser muito bom conhecer outros lugares do Brasil, mas Belo Horizonte já me conquistou”, declarou.
Festa também para os namorados 
A abertura da Copa do Mundo em pleno Dia dos Namorados não foi empecilho para as comemorações dos casais presentes na Savassi. Os mineiros Paula Ferreira e Vitor Leal namoram há três anos. Empolgados com a partida do Brasil diante da Croácia, eles resolveram deixar a comemoração da data para mais tarde. “Vai ser bom porque vamos comemorar o Dia dos Namorados e a vitória do Brasil”, afirmou Paula. Para Vitor, que gosta mais de futebol que a namorada, a coincidência de datas não atrapalhou. “Hoje comemoro duas paixões: o futebol e a minha namorada”, comentou ainda antes do jogo.
O público presente na região centro-sul de BH fez a festa logo que a bola rolou no Itaquerão. O gol contra de Marcelo não tirou o ânimo dos torcedores. Já o gol de Neymar, aos 29 minutos, deixou um pouco mais aliviada a torcida, que pedia por mais um gol logo após o empate. No intervalo, o 1 a 1 era considerado um bom resultado por grande parte dos torcedores. “A estreia é sempre mais complicada, os jogadores ficam nervosos. No segundo tempo, vamos virar”, previu Henrique Gonçalves.
Nos primeiros minutos do segundo tempo, as falhas da Seleção irritavam a torcida, ansiosa por balançar novamente as redes croatas. Quando o mineiro Bernard entrou em campo, no lugar de Huck, aos 22 minutos, a torcida vibrou como se fosse gol. “Esse aí resolve!”, exclamou Vinícius Almeida no momento da troca. Instantes depois, foi com outro mineiro o lance que resultaria na virada do Brasil. O gol de Oscar, no minuto final do jogo, foi a deixa para o início de um verdadeiro carnaval na Savassi, com a expectativa da primeira vitória brasileira na Copa do Mundo.
Flávia Barbosa festejou o resultado. “Até que enfim. Fiquei tensa o jogo todo com medo de começarmos a nossa Copa do Mundo perdendo. Mas temos que confiar na nossa Seleção. Temos excelentes jogadores e com certeza esse é o primeiro passo para a conquista do hexa”, disse. Luís Flávio Resende também estava satisfeito. “Foi sofrido, mas assim é mais gostoso. Muito feliz com essa vitória. Agora vamos festejar. E que venha o México”, concluiu. A Seleção Brasileira volta a campo na próxima terça-feira (17), às 16h, em Fortaleza, diante da Seleção Mexicana.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Seleção do Uruguai realiza treino aberto ao público na cidade de Sete Lagoas

Um dia após desembarcar em Belo Horizonte para a disputa da Copa do Mundo, o Uruguai conheceu de perto o carinho dos torcedores mineiros. Em treino aberto realizado nesta terça-feira (10/06), em Sete Lagoas, cerca de 7.000 pessoas fizeram festa nas arquibancadas quando a seleção do Uruguai pisou no gramado para realizar a primeira atividade do Mundial. Os jogadores da Celeste retribuíram a receptividade e, após o treino, cruzaram o gramado para distribuir autógrafos a alguns dos torcedores presentes.
O treinador da seleção uruguaia, Óscar Tabárez, destacou o carinho do público. “São pessoas muito amáveis. É um povo carinhoso e caloroso. Foi muito bom, acho que as pessoas conseguiram desfrutar um pouco de tudo”, comentou Tabárez, em entrevista coletiva após o treinamento no JN Resort, local em que a seleção está hospedada.
Enquanto o Uruguai realizava trabalhos técnicos no gramado da Arena do Jacaré, a atenção se voltava para fora das quatro linhas. O craque Luis Suárez foi, de longe, o mais cotado. O astro uruguaio começou com corridas ao redor do gramado e arriscou alguns chutes a gol. O atacante do Liverpool, que passou por uma artroscopia no joelho esquerdo há 19 dias, ainda é dúvida para o Mundial. “Explicamos tudo o que seria feito ainda em Montevidéu. Não temos nenhum prazo. Primeiro, não descartamos a sua presença no Mundial, depois tratamos de aumentar a exigência e analisar dia a dia. Isso foi feito e ele tem respondido perfeitamente”, analisou o treinador da seleção.
O jogador correu ao redor do gramado e deixou o treino cerca de 20 minutos antes dos demais companheiros. A presença de Suárez na estreia do Uruguai contra a Costa Rica, sábado (14/06), no Castelão, não é certa, mas, se a última palavra for do comandante uruguaio, Luisito, como é conhecido, não ficará de fora. “Se dependesse de mim, jogava amanhã. Desde a sub-20 eu acompanho ele. É uma figura importantíssima. Primeiro, pela pessoa que é”, explicou.
Torcedores uruguaios e mineiros
Horas antes do início do treino da seleção uruguaia, os torcedores se aglomeravam na entrada da Arena do Jacaré. Entre os presentes, camisas de Atlético, Cruzeiro, Flamengo, São Paulo, Peñarol e, claro, da Celeste Olímpica.
Denominados Auto Mundialistas, um grupo de cinco uruguaios deixou Montevidéu na segunda-feira (09/06) para acompanhar a equipe. Depois de dois dias e meio percorrendo de carro a distância até Sete Lagoas, eles chegaram a tempo de presenciar o primeiro treino da seleção nos preparativos para o Mundial.
Segundo Eduardo Fusatti, a aventura se justifica por um objetivo: a conquista do tricampeonato da Copa do Mundo. “Viemos em busca do segundo Maracanazo. Queremos acompanhar cada passo da Celeste para sermos testemunhas da história desse título que virá”, contou, otimista. Ainda nesta terça-feira (10/06), os Auto Mundialistas seguem, também de carro, para Fortaleza, onde pretendem chegar para acompanhar a estreia do Uruguai diante da Costa Rica, no sábado (14/06), às 16h.
Um pouco menos otimista, mas confiante numa boa campanha do time, o uruguaio Martin Casanova mora há um ano em Belo Horizonte. Bastante feliz por poder acompanhar sua seleção de perto, ele vê no atacante Luis Suárez a esperança de gols da Celeste. “Mesmo se recuperando de contusão, devemos considerar a qualidade a experiência que ele tem. Com certeza pesará muito a nosso favor ao longo da competição”, ponderou.
As estudantes Laiza Cristina e Daiane Rodrigues correram para a Arena do Jacaré logo que saíram do trabalho. Mesmo sem conhecer muito da equipe estrangeira, elas quiseram conferir de perto o clima de Copa do Mundo. “É uma oportunidade única de vermos grandes jogadores de perto, então quisemos aproveitar para conferir o treino, já que não vamos aos jogos”, contou Laiza. Perguntadas se há a possibilidade de torcerem para os uruguaios no mundial, elas foram unânimes: “nós até gostamos do Uruguai, mas nossa torcida é 100% para o Brasil”, garantiram.
Os jovens Saulo Antonines e Leonardo Barros estiveram no estádio de Sete Lagoas para ver de perto craques como Cavani, Forlán e Diego Lugano. Acompanhando cada detalhe do mundial, eles veem no Uruguai um forte adversário no caminho da Seleção Brasileira. “O Brasil tem muitos craques, mas os uruguaios têm um bom conjunto, que pode ser decisivo. Se o Suárez se recuperar, então, podem surpreender na Copa”, finalizou Leonardo.